domingo, 28 de fevereiro de 2010

Câmara fez vistoria à Igreja de S. José dos Carpinteiros

In JN (27/2/2010)
T.R.

«Técnicos da Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana da Câmara de Lisboa fizeram, anteontem, uma minuciosa vistoria à igreja de S. José dos Carpinteiros e à Casa dos 24, em Lisboa, cujas instalações se encontram muito degradadas.

Em causa estão as infiltrações e fissuras existentes naquele edifício do século XVI, classificado como imóvel de interesse público. Dentro de vários dias, será feito um relatório sobre a situação, que poderá dar origem a obras de salvaguarda da igreja.

A vistoria foi feita a pedido do Grupo de Amigos da Igreja de S. José dos Carpinteiros, que está a reunir fundos para reabilitar o templo, através de donativos e da organização de eventos.

Imagem retirada

A vistoria dos técnicos da Câmara coincidiu com uma visita de elementos dos museus do Azulejo e de Arte Antiga, e ainda com a retirada da Imagem da Senhora da Fé, que estava a ser fortemente atingida com infiltrações de água e de queda de pedaços de talha.

O Grupo de Amigos pretende que estas entidades procedam a uma "intervenção com carácter de urgência no sentido de ser colocada uma cobertura provisória na Igreja e "Casa dos 24", evitando maiores perigos e danos". Entendem ainda que "deverão ser realizadas obras nos dois edifícios que incluam a reparação integral das coberturas, algerozes, tubos de queda, estancando a sua degradação, travando a entrada de águas pluviais e resolvendo os problemas de outras infiltrações e humidades. Para dia 8, está marcada uma visita da Comissão de Acompanhamento da Cultura da Assembleia Municipal. »

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Nossa Senhora da Fé...


O altar de Nossa Senhora está vazio ... Temos Fé que será por pouco tempo!

Não é com esmolas...




No coração de Lisboa, classificada em 1978 como Imóvel de Interesse Público, a Igreja de São José dos Carpinteiros está há décadas abandonada! O Estado Português e demais entidades demitiram-se das suas responsabilidades e deixaram-na entregue à generosidade dos poucos fiéis que a frequentavam! É tempo de dizer B A S T A!

Notícia da LUSA de 16 Fev. (íntegra)

Lisboa: Igreja de São José dos Carpinteiros pode ser salva da ruína com subscrição pública
*** Ana Clotilde Correia (texto) e Mário Cruz (Fotos), da Agência Lusa ***
Lisboa, 16 fev (Lusa) -
Há bocados de talha caídos no chão apodrecido da Igreja de São José dos Carpinteiros, em Lisboa, e aos pés de Nossa Senhora da Fé, baldes recolhem trinta litros de água por dia, pelas contas de um sacristão, "anjinho" de serviço.
Uma subscrição pública, que envolva a população e as doações de grandes empresas é a via para a reabilitação proposta pela Junta de Freguesia de São José e pelo recém-criado grupo dos amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros.
A degradação da Igreja do século XVI, de estilo barroco e pombalino, fechada há cerca de três anos, foi descoberta quando a vizinha Igreja de São Luís dos Franceses entrou em obras e quis usá-la para celebrar as missas da comunidade.
Começou aí a missão de "anjinho" de Vicente Andrade, sacristão de São Luís dos Franceses, que passou também a cuidar de São José dos Carpinteiros.
"Tenho tirado trinta litros de água da chuva todos os dias, às vezes mais. Num património destes dá dó", conta à Lusa o sacristão a quem Ana Alves Sousa, do grupo de amigos da Igreja de São José, já deu o nome de "anjinho da Igreja".
Aos pés do altar a Nossa Senhora da Fé acumulam-se baldes de plástico onde cai, abundante, do teto a água da chuva, e nas paredes são visíveis as infiltrações.
"Todos os dias chego aqui e está mais um bocado de talha caído no chão, que também está todo apodrecido", conta Ana Alves Sousa.
Esta é para Gonçalo Ribeiro Telles, que preside à Irmandade de São José dos Carpinteiros, a terceira luta da instituição e do lugar, depois das investidas anti-clericais da I República, que terão feito esconder numa parede um São Onofre - que ainda não foi encontrado - e do Estado Novo, que queria ali instalar a Câmara Corporativa.
"A luta agora é evitar que caia", afirma.
A ligação aos ofícios levou, aliás, ao projeto de um "museu do trabalho", uma iniciativa entretanto abandonada, mas que o grupo dos amigos da Igreja de São José quer agora recuperar.
O presidente da Junta de Freguesia de São José, Vasco Morgado (PSD), apoia a ideia e acrescenta-lhe uma "escola de ofícios", necessária, "porque nem todos podem ser doutores".
Depois de ter proposto uma recomendação, aprovada na Assembleia Municipal, Vasco Morgado quer agora obter o apoio da autarquia e do Ministério da Cultura para lançar uma "subscrição pública".
O instrumento usado mais usado para construir - o Cristo-Rei, o monumento do Marquês de Pombal e, mais recentemente, de Francisco Sá-Carneiro - deverá servir agora para reabilitar.
"Estamos a contar com toda a gente. A população de São José está sensibilizada, os pequenos comerciantes já me contactaram. Vamos tentar falar com as grandes empresas do país", explicou.
Para já, conta com a "abertura" da Câmara de Lisboa, através da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto (PS), que "está disposta a ajudar" e "deu a sua palavra de que vai interceder junto do Governo".
Mas enquanto o processo não avança, Ana Alves de Sousa adverte que "há entidades que têm responsabilidades" na preservação daquele património e apela à autarquia para que "coloque uma cobertura provisória", que retire os baldes de plástico dos pés do altar a Nossa Senhora da Fé.
Até lá, Vicente Andrade vai continuando a ser sacristão e anjinho: "Pelo menos boa vontade estou a ver de muitas pessoas", confia.
ACL.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Press release

Técnicos da Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Lisboa vistoriaram hoje a Igreja de São José dos Carpinteiros e a “Casa dos 24”

No seguimento do apelo feito ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Vereador da Reabilitação Urbana pelo Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros e “Casa dos 24”, deslocaram-se hoje ao local técnicos da Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana para avaliarem o estado em que se encontram estes edifícios.

Foi solicitada uma intervenção com carácter de urgência no sentido de ser colocada uma cobertura provisória na Igreja e “Casa dos 24” evitando, desta forma, maiores perigos e danos.

Posteriormente, deverão ser realizadas, tão breve quanto possível, obras nos dois edifícios que incluam a reparação integral das coberturas, algerozes, tubos de queda, etc., estancando a sua degradação, travando a entrada de águas pluviais, resolvendo os problemas de outras infiltrações, humidades, etc.


Valorização do eixo histórico São Sebastião – Santa Marta – São José – Portas de Santo Antão

Este eixo histórico, uma das principais entradas na cidade de Lisboa até à abertura da Avenida da Liberdade, é de enorme riqueza patrimonial e está hoje abandonado, decadente e com uma população maioritariamente idosa e carenciada.

O Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos) considera que o conjunto classificado – Igreja e “Casa dos 24” –, devidamente reabilitado, tornar-se-á num pólo dinamizador de enorme importância para toda a zona.

Tendo em vista a sua rentabilização e valorização, designadamente do ponto de vista turístico, o Grupo propõe que a Igreja – para além de espaço de culto – seja reabilitada no sentido de se tornar um espaço apto para a realização de concertos, conferências, visitas guiadas, etc.

Em relação à “Casa dos 24”, tal como foi há muito sugerido pela Irmandade proprietária do edifício, propõe a sua adaptação a Museu dos Ofícios com Biblioteca/Centro de Documentação, Espaço para Serviço Educativo, Loja, Cafetaria, Esplanada e um espaço com Oficinas (p.ex: na área do restauro).



Governo e Câmara Municipal de Lisboa devem liderar o processo

Tendo em conta que o referido conjunto é Património Classificado (IIP), e por isso de enorme valor para a História de Lisboa e de Portugal, o Grupo de Amigos irá solicitar ao Governo (designadamente ao Ministério da Cultura e Secretaria de Estado do Turismo) que, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, Patriarcado, Irmandade e demais entidades, estudem uma solução que possibilite a rápida recuperação e restauro deste legado histórico e patrimonial que importa preservar, recuperar, divulgar.




2010-02-25

Nossa Senhora da Fé já está a salvo!


Para evitar maiores danos, foi hoje retirada do altar a imagem de Nossa Senhora da Fé. A operação foi realizada por técnicos da área da conservação e restauro. A imagem de Nossa Senhora da Fé voltará ao seu altar logo que este seja restaurado.

Procuram-se mecenas!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Já não há baldes que cheguem parqa apanhar a água na Igreja





Hoje, pelas 11 da manhã, era este o cenário na Rua de S. José. Na igreja, caiem grandes pedaços de talha do altar de Nossa Senhora da Fé pondo em risco a imagem do século XVIII. O chão, empadado de água, apodrece de dia para dia. A água escorre pelas paredes e os paineis de azulejos estão em risco de se soltar devido à humidade.

É U R G E N T E intervir!

U-R-G-E-N-T-E/Chuvas danificam gravemente Igreja S.José Carpinteiros/S.O.S. CML/cobertura temporária

Exmo. Sr. Presidente da CML
Dr. António Costa
Exmo. Sr. Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


No seguimento do exposto anteriormente sobre o estado de conservação e necessida de obras de recuperação da Igreja de São José dos Carpinteiros e dos edifícios anexos, somos a renovar o nosso pedido de colocação URGENTE de uma cobertura provisória sobre os mesmos, uma vez que as chuvadas que se têm vindo a fazer sentir durante as últimas horas cabam de provocar ainda maiores danos na talha que decora a igreja, bem como na imagem de Nossa Senhora da Fé e mesmo em vários azulejos que se estão a descolar das paredes.

Estando este valioso conjunto histórico-arquitectónico em perigo iminente de derrocada, renovamos, pois, o nosso pedido junto de V.Exas. para que a CML accione os mecanismos necessários para a colocação, tão rápido quanto possível, de andaimes e cobertura temporária sobre o conjunto da igreja e edifícios anexos.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Ana Alves de Sousa e Paulo Ferrero
Pelo Grupo de Amigos

C.C. Imprensa

domingo, 21 de fevereiro de 2010

E-mail enviado ao Patriarcado:

Exmo. Senhor
Cardeal Patriarca de Lisboa
D. José da Cruz Policarpo


Como será do conhecimento de Vossa Eminência, o conjunto classificado como Imóvel de Interesse Público constituído pela Igreja de São José dos Carpinteiros, sita na Rua de São José, e os edifícios anexos - "Casa dos 24"- necessita urgentemente de obras de reabilitação e restauro.

Constitui-se recentemente o Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros e Edifícios Anexos, cujos objectivos e acções entretanto desenvolvidas poderá Vossa Eminência conhecer através da consulta do blogue criado para o efeito no endereço: http://grupoamigosigrejasjose.blogspot.com/

No âmbito dos contactos que temos vindo a manter, falámos, entre outras personalidades, com o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, Juiz Presidente da Irmandade de Ofícios da Antiga Casa dos 24 de Lisboa (irmandade que construiu a ermida em 1545 e que até hoje continua sediada na antiga “Casa dos 24”).

“Nessa ermida, então conhecida por São José de Entre as Hortas, instalou-se a nova freguesia, a 20 de Novembro de 1567, retirando-se território à freguesia de Santa Justa. Era um vigariato com a presentação de mitra.” (1)

Dada a gravidade da situação em que se encontram estes edifícios solicitámos ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, como primeira medida e com carácter de urgência, que fosse colocada imediatamente uma cobertura provisória sobre os edifícios por forma a evitar maiores perigos e danos.

Assim, permitimo-nos solicitar a Vossa Eminência que, em conjunto com a Irmandade, Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Freguesia de São José e entidades responsáveis do Poder Central, dado que se trata de património classificado, estudem uma solução que possibilite a rápida recuperação deste legado histórico e patrimonial que importa preservar, recuperar e divulgar.

O Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros e Edifícios Anexos dará ao Patriarcado, à Irmandade, à Câmara Municipal de Lisboa, à Junta de Freguesia de São José e demais entidades todo o apoio possível para a concretização do projecto apresentado no documento que entregámos ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia, no dia 2 de Fevereiro, publicado no nosso blogue - "Algumas Ideias para a Reabilitação da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos)" - e que resultou numa “Recomendação” feita pelo referido Presidente da Junta à Câmara Municipal de Lisboa aprovada em Assembleia Municipal no passado dia 9.

Certos da atenção de Vossa Eminência para este assunto, subscrevemo-nos com elevada consideração,

Ana Alves de Sousa / João Pinto Soares / Paulo Ferrero
Pelo Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros

(1)
Paróquia de São José - Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais
Vol. I – Centro e Sul
Secretaria de Estado da Cultura
ANTT

c.c.
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa - Dr. António Costa
Vereador da Reabilitação Urbana - Arqº Manuel Salgado
Vereadora da Cultura - Drª Catarina Vaz Pinto
Juiz Presidente da Irmandade de Ofícios da Antiga Casa dos 24 de Lisboa - Arqº Gonçalo Ribeiro Telles
Presidente da Junta de Freguesia de S. José - Sr. Vasco Morgado Jr.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Igreja de São José dos Carpinteiros - Órgãos de Comunicação"

Na coluna da esquerda deste blogue, acabamos de criar um espaço onde iremos alojar as notícias que, sucessivamente, surgirem sobre a Igreja de São José dos Carpinteiros e a Casa dos 24, bastando um click no link para se tomar conhecimento da respectiva notícia.

Pedimos desculpa por alguma notícia entretanto publicada de que não tenhamos tido conhecimento e que, por isso, esteja ausente desta listagem.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Reportagem RTP1 hoje às 18h


Trata-se da reportagem da jornalista Filipa Costa, do programa da RTP1, «Portugal em Directo», feita na passada 2ª Feira, dia 15 de Fevereiro, na Igreja de São José dos Carpinteiros e respectivos edifícios anexos.

Igreja pode ser salva da ruína graças a subscrição pública

In público (17/2/2010)


«"Tenho tirado 30 litros de água da chuva todos os dias", diz sacristão. No Largo da Anunciada , em Lisboa, o templo do séc. XVI vai-se degradando

Há bocados de talha caídos no chão apodrecido da Igreja de São José dos Carpinteiros, em Lisboa, e aos pés de Nossa Senhora da Fé baldes recolhem 30 litros de água por dia, pelas contas de um sacristão, "anjinho" de serviço, descreve a agência Lusa.

Uma subscrição pública que envolva a população e doações de grandes empresas é a via para a reabilitação proposta pela Junta de Freguesia de São José e pelo recém-criado grupo dos amigos da igreja.

A degradação do templo barroco e pombalino do século XVI, fechado há cerca de três anos, foi descoberta quando a vizinha Igreja de São Luís dos Franceses entrou em obras e quis usá-la para celebrar as missas da comunidade. Começou aí a missão de "anjinho" de Vicente Andrade, sacristão de São Luís dos Franceses, que passou também a cuidar de São José dos Carpinteiros, no Largo da Anunciada.

"Tenho tirado 30 litros de água da chuva todos os dias, às vezes mais. Num património destes dá dó", conta à Lusa o sacristão a quem Ana Alves Sousa, do grupo de amigos da Igreja de São José, já deu o nome de "anjinho da Igreja". Aos pés do altar de Nossa Senhora da Fé acumulam-se baldes de plástico onde cai abundante, do tecto, a água da chuva, e nas paredes são visíveis as infiltrações. "Todos os dias chego aqui e está mais um bocado de talha caído no chão, que também está todo apodrecido", conta Ana Alves Sousa. Esta é para Gonçalo Ribeiro Telles, que preside à Irmandade de São José dos Carpinteiros, a terceira luta da instituição, depois das investidas anti-clericais da I República, que terão feito esconder numa parede um São Onofre - que ainda não foi encontrado -, e do Estado Novo, que queria ali instalar a Câmara Corporativa. "A luta agora é evitar que caia", afirma.

A ligação aos ofícios levou, aliás, ao projecto de um "museu do trabalho", uma iniciativa abandonada mas que o grupo dos amigos da Igreja de São José quer agora recuperar. O presidente da Junta de Freguesia de São José, Vasco Morgado, apoia a ideia e acrescenta-lhe uma "escola de ofícios". O autarca quer obter o apoio da autarquia e do Ministério da Cultura para lançar uma "subscrição pública". Para já, conta com a "abertura" da Câmara de Lisboa, através da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, que "está disposta a ajudar" e "deu a sua palavra de que vai interceder junto do Governo".

Enquanto o processo não avança, Ana Alves de Sousa apela à autarquia para que "coloque uma cobertura provisória" no templo. Até lá, Vicente Andrade vai continuando a ser sacristão e anjinho: "Pelo menos boa vontade estou a ver de muitas pessoas", confia.»

E-mail enviado ao Sr. Presidente da CML:

Igreja de S. José dos Carpinteiros e "Casa dos 24" - intervenção de urgência


Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Dr. António Costa

c.c.
Arqº Manuel Salgado - Vereador da Reabilitação Urbana
Drª Catarina Vaz Pinto - Vereadora da Cultura
Arqº Gonçalo Ribeiro Telles - Juiz Presidente da Irmandade de Ofícios da Antiga Casa dos 24 de Lisboa
Sr. Vasco Morgado Jr. - Presidente da Junta de Freguesia de S. José


Exmo. Senhor Presidente,

Como é do conhecimento de V. Exa. o conjunto classificado como Imóvel de Interesse Público constituído pela Igreja de São José dos Carpinteiros, sita na Rua de São José, e os edifícios anexos - "Casa dos 24"- necessita de obras urgentes de reabilitação.

Constitui-se recentemente o Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros e Edifícios Anexos, cujos objectivos e acções entretanto desenvolvidas poderá V. Exa. conhecer através da consulta do blogue criado para o efeito no endereço: http://grupoamigosigrejasjose.blogspot.com/

No âmbito dos contactos que temos vindo a manter, falámos, entre outras personalidades, com o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, Juiz Presidente da Irmandade de Ofícios da Antiga Casa dos 24 de Lisboa (irmandade que construiu a Igreja no século XVI e que até hoje continua sediada na antiga “Casa dos 24”).

Dada a gravidade da situação em que se encontram estes edifícios (chove dentro da Igreja conforme fotografias que se anexa) solicitamos a V. Exa., como primeira medida e com carácter de urgência, que mande colocar imediatamente uma cobertura provisória sobre os edifícios por forma a evitar maiores perigos e danos.

Este conjunto é um importante legado histórico e patrimonial para Lisboa e para Portugal que importa preservar, recuperar e divulgar.

O Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros e Edifícios Anexos dará à Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia de São José todo o apoio possível para a concretização do projecto apresentado no documento que entregámos ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia, no dia 2 de Fevereiro, publicado no nosso blogue - "Algumas Ideias para a Reabilitação da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos)" - e que resultou, como será do conhecimento de V. Exa., numa “Recomendação” feita pelo referido Presidente da Junta à Câmara Municipal de Lisboa aprovada em Assembleia Municipal no passado dia 9.

Certos da atenção de V. Exa. para este assunto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.


Ana Alves de Sousa / João Pinto Soares / Paulo Ferrero
Pelo Grupo de Amigos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Há mais de 550 anos .. “ A Casa dos 24”


No Torre do Tombo existe uma carta escrita ao Rei de Portugal, datada de 1549 que fala da “Casa dos 24”:

1 Nível de descrição Documento simples
Código de referência PT/TT/CC/1/82/50
Título Carta do doutor Manuel de Almeida para o rei de Portugal, em que lhe diz tirara a informação que lhe mandara da Casa dos 24 e que achara que as pessoas que nele serviram irão bons homens e entendidos e que os achara mais conformes do que antes estavam e outras coisas.
Datas 1549-02-14
Localização física Corpo Cronológico, Parte I, mç. 82 , n.º 50
Documento digitalizado
Documentos (2)


Aqui fica o desafio: quem consegue decifrá-la?




(Fonte)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Recomendação aprovada pela AML:


Bibliografia sobre a Igreja de São José dos Carpinteiros

Título: “Igreja Paroquial de S. José da Anunciada”, Revista Municipal, N. 57 (1953), p. 7-18. - N. 58, p. 49-62
Local: Lisboa
Data:1953
Autores: Rio Maior, 2º Marquês de

Título: "Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota"
Local: Universidade Nova de Lisboa
Data: 1998
Autor(es): PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva

Título: "S. José de Entre-as-Hortas (Igreja de)", Dicionário da História de Lisboa"
Local: Lisboa
Data: 1994
Autor(es): GONÇALVES, António Manuel

Título: "Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, vol. V (2º tomo)"
Local: Lisboa
Data: 1975
Autor(es): ALMEIDA, D. Fernando de

Título: “Portugal Antigo e Moderno, Vol. IV
Local: Lisboa
Data: 1873 - 1890
Autor: LEAL, Augusto S. A. B. de Pinho


Título: “As gravuras de Nicolas Lancret e os azulejos da Quinta da Trindade” in al madam, II série, n.º 13
Local: Seixal - Almada
Data: Julho 2005.
Autor: MANGUCCI, António Celso,

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Press release

Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos)


Com tupperwares, baldes e esfregonas apanha-se a água que escorre do telhado. Pelo chão apodrecido espalham-se pedaços da talha barroca do altar de Nossa Senhora da Fé e dos estuques pintados dos tectos.

No passado dia 2 de Fevereiro os "amigos fundadores" do Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros manifestaram ao Presidente da Junta de Freguesia de São José a sua preocupação relativamente ao estado de degradação dessa Igreja notável da cidade de Lisboa.

Foi entregue ao Presidente da Junta um documento onde se propõe, entre outras acções, o lançamento de uma Subscrição Pública junto da população, promovida e coordenada pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Esta acção visará, não só angariar fundos que ajudem à requalificação e restauro da Igreja e edifícios anexos, mas também dar-lhes novas funções, torná-los “vivos” e rentabilizá-los, envolvendo a população local, e não só, num projecto de dignificação e valorização do seu património.

A Igreja de São José dos Carpinteiros e os edifícios anexos, devidamente restaurados, tornar-se-ão um pólo cultural e turístico de enorme importância para a revitalização social e patrimonial dessa zona carenciada da cidade.
O Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos) surgiu no dia 21 de Janeiro de 2010 por iniciativa de alguns cidadãos e está aberto à participação de todos aqueles que, individual ou colectivamente, pretendam de alguma forma contribuir para a reabilitação U R G E N T E deste património.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Descrição feita pela Ex-DGEMN:




«Planta longitudinal constituída por 2 rectângulos justapostos (nave e capela-mor), de que resulta um volume paralelepipédico coberto por telhado a 2 águas. No alçado principal destaca-se o portal, coroado por medalhão oval figurando São José e ladeado por 2 cartelas com inscrições alusivas às efemérides principais do templo e das quais pendem em relevo pétreo, as ferramentas de pedreiro (esquerda) e de carpinteiro (direita). No nível superior abrem-se 3 janelões gradeados, sendo os laterais rectangulares e o central em volta inteira, encurvando assim a cimalha do frontão barroco que termina a fachada. No lado esq. observa-se a torre, de secção quadrada, com 2 vãos rectangulares sobrepostos e ventanas sineiras em arco de volta perfeita. Interior: nave e capela-mor, esta de menor altura, ambas com cobertura em abóbada de berço, apresentando a da nave pintura ornamental monocroma oitocentista em torno de uma composição central figurando São José e o anjo. Ladeiam o arco triunfal - com embasamentos de embrechados de mármore - 2 altares integrados em arcos de volta inteira. 2 capelas laterais abrem para a nave - constituindo como que um falso transepto - e apresentam retábulos de talha polícroma datáveis do 1º quartel do séc. XVIII, ostentando o do lado da Epístola um camarim abobadado com a imagem do Senhor dos Passos.

A capela do lado do Evangelho, alberga uma imagem de Nossa Senhora da Fé. Sobre a entrada eleva-se o coro-alto, de madeira, com grade de balaústres torneados. Sensivelmente a meio da nave observam-se, afrontados, 2 púlpitos com balcão de madeira e sobreporta encimada por espaldar de leque semicircular. Paredes da nave com silhar de 16 azulejos de altura em monocromia (azul em fundo branco) de meados do séc. XVIII, figurando cenas da vida de São José: Sonho de José; Visitação de Maria a Isabel; Nascimento de Jesus; José e o menino; Fuga para o Egipto, morte de de São José, Ascensão de São José. Todos os painéis têm legendas explicativas em latim. Presépio em terracota, inserto em oratório, representando uma "Sagrada Família" e, em plano secundário, a "Anunciação" e uma "Fuga para o Egipto", encontrando-se o grupo a abandonar a cidade.


Na sacristia, à qual se acede pela 1ª porta do lado da Epístola, lavabo em pedra com ornamentação vegetalista e brasão da irmandade encimado por coroa. Silhar de azulejos azuis e brancos, de composição ornamental seriada, representando albarradas - Jarras de flores ladeadas por pássaros; barra: motivos vegetalistas; 10 azulejos de altura; finais do século XVII . Em posição simétrica a este compartimento, um outro, que deve ter sido a primitiva sacristia privativa da confraria, segundo alguns autores. Nas paredes, silhares de azulejos do tipo albarradas e figura avulsa; lavabo de embutidos de mármore, coroado por frontão barroco de concha enquadrada por volutas. A Casa da Mesa da confraria, anexa à igreja (*1), é um compartimento rectangular com pavimento de tijoleira e tecto plano com pintura ornamental polícroma do séc. XVIII. Ao longo das paredes da sala, corre uma bancada apoiada em mísulas de mármore. Silhares de azulejos de composição figurativa/narrativa; monocromia: azul em fundo branco; 2º quartel do séc. 18. Casa de Despacho - à qual se acede por uma escada de mármore com rodapé de azulejo - silhar de azulejos com barra idêntica à das sacristias e de notável desenho.


Características Particulares
O presépio ostenta uma "Anunciação", tema raramente reproduzido nos espécimes portugueses, bem como uma "Fuga para o Egipto", vendo-se o grupo a abandonar a cidade, ao contrário da iconografia habitual.»

Fotos e texto: Ficha da Ex-DGEMN

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O altar


Este é o altar de Nossa Senhora cuja talha hoje, ao contrário desta foto antiga, está a desfazer-se por causa das infiltrações!


Foto: Ex-DGEMN

A mesa da Casa dos Vinte e Quatro



A Casa dos Vinte e Quatro funcionou na Irmandade de São José a seguir ao incêndio do Hospital Real de Todos-os-Santos em 1750. A mesa da Casa é talhada de madeira exótica do século XVII, com 24 lugares e 24 gavetas das diversas confrarias da cidade de Lisboa


Fotos: Arquivo Fotográfico da CML e Ex-DGEMN

Reunião na Junta de Freguesia de São José

Presentes:

Presidente da Junta de Freguesia de S. José – Vasco Morgado Júnior
Grupo dos Amigos Ig.S.José dos Carpinteiros - João Pinto Soares, Maria de Lourdes Monteiro e Ana Alves de Sousa

...

O Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros (GAISJC) apresentou ao Presidente da Junta de Freguesia de São José (JFSJ) o documento elaborado em 31 de Janeiro.

O Presidente da JFSJ manifestou também a sua preocupação relativamente ao estado de degradação da Igreja e edifícios anexos.

Foi sugerido ao Presidente da JFSJ que apresentasse, quanto antes, na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) uma “Recomendação” contendo, se assim o entendesse, os principais pontos referidos no documento entregue, como forma de dar amplo conhecimento deste assunto à AML e à Câmara Municipal de Lisboa (CML).

O Presidente da JFSJ pontificou-se a obter urgentemente informações sobre a viabilidade de ser efectuada uma “Subscrição Pública”, bem como dos eventuais benefícios fiscais existentes.

A JFSJ e a CML liderariam o processo, devendo todas as contribuições (quer monetárias quer outras) ser centralizadas na JFSJ.

O GAISJC ficou de fornecer à JFSJ nomes e contactos das pessoas que integram o Grupo, bem como endereço de e-mail do mesmo de forma a divulgar, junto da população, CML e demais entidades a “parceria” que se pretende criar entre a Junta e o GAISJC para concretização deste projecto.

Ficou de se marcar, quanto antes, uma visita conjunta à Igreja de S. José dos Carpinteiros e edifícios anexos, se possível, com a presença de técnicos que possam fazer uma primeira avaliação sobre os trabalhos a realizar.

O Presidente da JFSJ ficou de contactar o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles visto ser o representante da Irmandade responsável pela Igreja e edifícios anexos. Ficou de se esclarecer qual a responsabilidade do Patriarcado neste assunto. (AAS)

A "Casa dos 24"



O exterior do edifício está em muito mau estado de conservação.

...

Chove no altar de Nossa Senhora da Fé




Com tupperwares, baldes e esfregonas procura-se apanhar a água que escorre do telhado. Pelo chão apodrecido espalham-se pedaços da talha barroca do altar e dos estuques pintados dos tectos.

Algumas Ideias para a Reabilitação da Igreja de São José dos Carpinteiros (e edifícios anexos)

É urgente realizar obras de fundo nesta igreja e edifícios anexos sob pena de se perder um património de valor incalculável para a cidade de Lisboa e para Portugal.

A ) Tendo em conta que:

1. A Igreja de São José dos Carpinteiros e edifícios anexos é um imóvel classificado (IIP)

http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=74176

http://delisboa.blogspot.com/2007/05/igrejas-de-lisboa-s-jos-dos.html

http://www.jf-sjose.pt/slpage.php?page=17

2. A igreja e edifícios anexos, para além da sua enorme importância do ponto de vista artístico, constituem também um património de inestimável valor histórico para a cidade de Lisboa e para Portugal, designadamente porque:

2.1 A primeira sede da Freguesia, criada pelo Cardeal D. Henrique em 20 de Novembro de 1567, foi instalada na Ermida de São José dos Carpinteiros;

2.2 “A Casa dos 24 teve um papel importantíssimo na mobilização da população da cidade para resistir às pretensões dos castelhanos e apoiar a causa do Mestre D'Avis”;

Tendo ainda em conta que:

3. A igreja está habitualmente fechada e é desconhecida da esmagadora maioria da população;

4. A reabertura deste templo constitui um desejo antigo da população residente na zona, em especial dos mais idosos;

5. A abertura e requalificação desta Igreja e edifícios anexos irá constituir um pólo dinamizador, designadamente do ponto de vista cultural e turístico, do eixo histórico que foi, até à abertura da Avenida da Liberdade, a principal entrada na cidade de Lisboa (São Sebastião – Santa Marta – São José – Portas de Santo Antão);

6. Esse eixo histórico, de enorme riqueza patrimonial, está actualmente abandonado e decadente e com uma população com graves problemas económicos e sociais,

B )

Propõe-se, sem prejuízo e em articulação com outras acções que possam estar já em curso por parte de outras entidades:

1. O lançamento de uma Subscrição Pública junto da população, promovida e coordenada pela Junta de Freguesia de S. José/Câmara Municipal de Lisboa.

Esta acção visará, não só angariar fundos que ajudem à requalificação e restauro desses espaços, mas também dar-lhes novas funções, torná-los “vivos” e rentabilizá-los, envolvendo a população local, e não só, num projecto de dignificação e valorização do seu património.

Dada a ligação histórica destes espaços aos Ofícios da Cidade, propõe-se para isso:

2. Que seja lançado, com o apoio da Ordem dos Arquitectos, um concurso para a apresentação de projectos de arquitectura para a readaptação dos espaços aos fins que forem considerados úteis, por exemplo:

2.1 A criação de um espaço museológico dedicado à História dos Ofícios na cidade de Lisboa;

2.2 A utilização da Igreja – para além de espaço de culto vivo e dinâmico - como um espaço privilegiado para a realização de visitas guiadas, concertos, conferências, ou outras actividades consideradas adequadas;

3. Que seja efectuado o restauro da Igreja e edifícios anexos recorrendo, por exemplo, ao apoio de técnicos das oficinas da Fundação Ricardo Espírito Santo.

Nesta perspectiva a Igreja de São José dos Carpinteiros e os edifícios anexos tornar-se-ão um pólo cultural de enorme importância para a revitalização social e patrimonial desta zona carenciada da cidade, dinamizando a requalificação do eixo histórico de São Sebastião – Santa Marta – São José – Portas de Santo Antão, cujas enormes potencialidades turísticas devem ser devidamente aproveitadas.

O Grupo de Amigos da Igreja de S. José dará à Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia de S. José todo o apoio possível para a concretização deste projecto. (AAS)

Movimento de solidariedade para a recuperação da Igreja de São José dos Carpinteiros

A Igreja de São José dos Carpinteiros, situada na Rua de S. José, 64 a 100, Freguesia de São José, em Lisboa, Imóvel classificado bem como os edifícios anexos, de Interesse Público pelo Decreto 95/78, DR 210, de 12-09-1978 , ZEP, DR (I série-B), n.º 228, de 01-10-1996, portaria n.º 529)96, necessita uma intervenção de fundo que deverá começar pelo telhado, a fim de impedir a degradação, hoje já bem visível do riquíssimo interior da Igreja evitando que se torne irreversível com perda de obras de arte de valor incalculável.

Pretende-se recuperar este templo, agora ameaçado pelas agressões do correr dos anos e pela incúria dos homens, restituindo as cores originais às paredes e talhas, e eliminando de vez a imagem deprimente da presença de baldes para recolher a água da chuva que entrando na Igreja, a vai destruindo.

Para tal, é necessária a colaboração de todos, entidades particulares e oficiais com responsabilidade nesta matéria, mecenas e público em geral. Assim, apelamos à intervenção activa do Patriarcado de Lisboa, entidade que tutela o edifício, Igespar, por se tratar de um Imóvel classificado de Interesse Público e público em geral , nomeadamente os moradores da zona, no sentido de se constituir um Grupo de Amigos da Igreja de São José dos Carpinteiros que se interesse pela recuperação do templo.

Um pouco de história:

Em 1545, a Irmandade de São José dos Carpinteiros construiu um templo dedicado ao seu padroeiro no local onde hoje existe. Em meados do século XVII , a irmandade decidiu fazer obras de ampliação no templo quinhentista, conforme atesta uma inscrição na nave da igreja.

O terramoto de 1755 destruiu a fachada da igreja, pelo que a irmandade contratou o mestre lisboeta Caetano Tomás para edificar um novo frontispício, que ficou terminado cerca de dois anos depois. O templo manteve a estrutura seiscentista, de planta rectangular, composta pelos volumes da nave e da capela-mor.

A fachada é precedida por escadaria dupla, que forma um pequeno átrio; do lado esquerdo adossa-se a torre sineira. Ao centro do frontispício rasga-se o portal, encimado por medalhão com a imagem do Patriarca São José em alto relevo, ladeado por dois escudos, onde se inscreveram as principais efemérides relacionadas com o templo, dos quais pendem os símbolos dos carpinteiros, à direita, e dos pedreiros, à esquerda.

No interior, a nave é coberta por abóbada, onde foi pintada a imagem de S. José e o Anjo. As paredes são decoradas até meia altura por silhar de azulejos setecentistas, dividido em painéis figurando cenas da vida de São José.

Junto ao arco triunfal foram abertas duas capelas laterais, com retábulos de talha policroma, dedicadas a Nossa Senhora da Fé, do lado do Evangelho, e ao Senhor dos Passos, do lado da Epístola.

A capela-mor é também coberta por abóbada pintada com a imagem da Sagrada Família. Apresenta ao centro o retábulo de mármore, executado no século XIX, que alberga trono policromo.Do programa decorativo destaca-se ainda um presépio em terracota da segunda metade do século XVIII, atribuído à escola de Machado de Castro. (Pinto Soares)



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